Satélite geoestacionário é gerido pela Telebras e vai ser utilizado para levar conexão de Internet para áreas remotas.
Durante audiência pública realizada ontem (18/5) na Câmara dos Deputados, ficou decidido que a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da casa vai fiscalizar o processo de licitação para explorar o sinal do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC). Participaram da sessão representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e da Telebras.
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Lançado no último dia 13 de maio, o SGDC é o primeiro satélite brasileiro do tipo e foi desenvolvido a partir de uma parceria entre o MCTIC e o Ministério da Defesa, em um investimento de R$ 2,7 bilhões. Com operação da Telebras, o satélite possui duas bandas de conexão de Internet, uma para comunicações estratégicas do governo e implementação do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) – especialmente em áreas remotas – e outra de uso exclusivo das Forças Armadas, que corresponde a 30% da capacidade do equipamento.
Para a exploração do sinal do satélite, o diretor do Departamento de Banda Larga do MCTIC, Artur Coimbra, informou que a Telebrás vai lançar um edital nos próximos dias a fim de selecionar as empresas. Segundo ele, o objetivo é que a licitação dê condições iguais para que qualquer empresa possa firmar contrato com a Telebrás para usar a capacidade do satélite e prestar o seu serviço.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) destaca a importância do acompanhamento do processo de licitação pela Câmara. “Há um pedido de informação que está sendo feito pela deputada Luciana Santos (PCdoB-PE) para o Ministério de Ciência e Tecnologia solicitando essas informações. Esse é um processo crescente de controle social de algo tão vital hoje como são as comunicações democráticas”, diz.
O satélite
O SGDC hoje está a 36 mil quilômetros de altitude em relação à superfÃcie terrestre e passa por uma fase de testes. “Começamos as verificações do funcionamento de todos os sistemas, medidas de carga útil e a constatação de que o satélite está totalmente apto para entrar em operação comercial. Estes testes vão durar cerca de 45 dias”, explica o gerente de Engenharia e Operações Satelitais da Telebras, Sebastião do Nascimento Neto.
Os dados emitidos e recebidos pelo SGDC estão sendo acompanhados pelos Centros de Operações da Telebras, instalados no Comando de Operações Aeroespaciais (Comae), em BrasÃlia (DF), e na Estação de Rádio da Marinha, no Rio de Janeiro (RJ). Essas duas unidades serão responsáveis por controlar o satélite após o processo de calibragem, previsto para se encerrar em meados de junho. O satélite se comunicará com mais três pontos, em Florianópolis, Campo Grande e Salvador.
*Com informações do MCTIC e da Agência Câmara NotÃcias.