Infraestrutura de fibra óptica e satelital será utilizada para ampliação do programa Gesac, que visa conectar localidades rurais, indígenas e unidades de fronteira do Exército.
O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) fechou ontem (11/12) um contrato de 60 meses com a Telebras para a prestação de serviço em regime continuado de transmissão de dados para ampliação do Programa de Governo Eletrônico Serviço de Atendimento ao Cidadão (Gesac). O objetivo é levar Internet banda larga para todas as regiões brasileiras.
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Para isso, a Telebras vai disponibilizar sua infraestrutura de conexão, que envolve a rede de fibra óptica da empresa espalhada pelo país e o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) – parte da capacidade do equipamento é destinada à ampliação do acesso à banda larga. A previsão é que os trabalhos tenham início no primeiro semestre de 2018.
Para o secretário de Telecomunicações do MCTIC, André Borges, a utilização da infraestrutura de conexão da Telebras vai permitir que os brasileiros tenham acesso à Internet de qualidade. “Esta é uma forma de entregar um serviço diferenciado para a população das comunidades em pontos isolados e remotos, com conectividade com mais qualidade”, diz.
No primeiro ano do contrato, terão prioridade de atendimento escolas rurais – o que beneficiaria cerca de 3 milhões de alunos – além de unidades de fronteira do Exército, unidades básicas de saúde em localidades rurais, quilombos e mais de 200 aldeias indígenas. Posteriormente, também serão beneficiadas mil unidades de atenção à saúde indígena e postos da Polícia Rodoviária Federal.
“Tal cobertura só seria possível com um satélite que garanta 100% de comunicação com qualidade em todo o território nacional. O SGDC nos permite alcançar esta meta”, destacou o diretor de Inclusão Digital do MCTIC, Américo Bernardes.
Gesac
O Gesac é um programa do MCTIC, que oferece gratuitamente conexão à Internet em banda larga – por via terrestre e satelital – a telecentros, escolas, hospitais, hospitais e postos de saúde, aldeias indígenas, postos de fronteira e quilombos. Criado em 2002, é direcionado, prioritariamente, para regiões remotas e em situação de vulnerabilidade social.
*Com informações do MCTIC.