
De acordo com pesquisa do Gartner, realizada com mais de 3,1 mil profissionais de empresas dos Estados Unidos, Europa e Ásia-Pacífico, apenas 7% a 18% dessas empresas possuem capacidade digital para adotar soluções direcionadas a novos modelos de trabalho, como colaboração e trabalho mobile. As melhores companhias em capacidade digital estão nos Estados Unidos (18,2% dos consultados), na Alemanha (17,6%) e no Reino Unido (17,1%).
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O levantamento identificou também que profissionais desses três países possuem, em média, maior capacidade digital do que os da França, Cingapura e Japão. No caso dos três líderes do ranking, os funcionários se mostram muito mais abertos para trabalhar a partir de qualquer lugar, não necessariamente em escritórios.
Esses profissionais com capacidade digital diferenciam-se por fatores culturais, evidenciados pelas características entre os países. Por exemplo, a densidade populacional impacta a habilidade de trabalhar fora do escritório e países com mais aderência a hierarquia organizacional apresentam menor afinidade com ferramentas de mídias sociais que promovem engajamento social.
Apesar disso, o Gartner acredita que soluções que miram novos meios de trabalho devem apresentar crescimento. O problema é encontrar as organizações certas para explorar essas tecnologias é desafiador.
O estudo também mostra que, como esperado, os trabalhadores mais jovens são os que estão mais inclinados a adotar produtos e serviços baseados em ambientes digitais. Eles possuem uma visão positiva de tecnologia aplicada ao trabalho e uma forte afinidade com o conceito de trabalhar fisicamente fora dos escritórios. Entretanto, eles são os que menos concordam que o trabalho fica melhor quando realizado em equipe.
Os profissionais mais velhos, entre 55 e 74 anos, estão em segundo lugar quando se trata de propensão para adotar novos formatos de trabalho. Eles também possuem opiniões mais positivas sobre trabalho em equipe, estão avançando para modelos com pouca rotina de trabalho e possuem uma visão mais favorável, entre todas as faixas etárias, a respeito de tecnologias para relacionamento e networking.
No grupo, funcionários de 35 a 44 anos são o ponto baixo da adoção, uma vez que acabam se sentindo fadigados com rotinas à medida que a meia idade se aproxima. Eles se mostram mais propensos a considerar que seus trabalhos são rotineiros e a ter uma visão mais vaga de como a tecnologia poderia ajudá-los em suas tarefas, sendo também os menos interessados em trabalhar remotamente.
Por fim, a pesquisa também mostra que grandes organizações possuem, em média, maior capacidade digital que as empresas menores. Isso porque recursos digitais, como dispositivos móveis e soluções, e redesenhar o ambiente de trabalho custam caro e as maiores empresas são as que menos encontram dificuldades para realizar esses investimentos.